quarta-feira, 30 de março de 2011

Último Fusca em atividade policial em MG

Que barato... depois de 30 anos de trabalho e mais de 800 mil quilômetros rodados, o último Fusca em atividade policial em Minas se despediu de Uberlândia para compor o acervo do Museu da Polícia Militar de Belo Horizonte, onde será restaurado. Em sua última aparição em público neste sábado, no Parque do Sabiá, o veículo que marcou história na corporação recebeu homenagens do Clube do Fusca da cidade e da banda da PM.

Fabricado em 1980, o Fusca modelo standard 1300cc entrou para a rotina da Polícia Militar com as cores cinza e branco, adotadas na época pelo serviço de segurança pública estadual, além de um giroflex no teto. E pelo que disseram, o fusca viatura não deixava ninguém a pé, ao contrário de outros modelos que compunham a frota de viaturas da polícia.

Agora terá um descanso merecido no Museu em BH...

segunda-feira, 28 de março de 2011

III Encontro Nacional de Galaxies

Pessoal, o III Encontro Nacional de Galaxies alterou a data do encontro...

Recebi esta informação do Ary Nascimento - Diretor de Divulgação do site V8&Cia, de Campinas/SP e informo a vocês...

Abaixo, na íntegra o texto do e-mail recebido:

"Caros amigos


Em função de inumeros pedidos de galaxeiros de varias cidades e estados; que gostariam de estar presente no III Encontro Nacional de Galaxies, aceitamos o pedido e estamos alterando a data para o dia 31 de Julho de 2011, ultimo domingo do mes no mesmo local. Shopping Galleria - Campinas SP

O principal motivo foi que a coincidencia com o Encontro Paulista de Aguas de LIndoia, pois muitos expositores de outras cidades, não teriam condições de estar  em Campinas no Domingo.

Contamos com a colaboração de todos.

A vantagem é que teremos um mês a mais para a organização do evento e tambem para os preparativos do encontro.

Favor divulgarem para o maior numero de pessoas da sua lista de contato, pois alguem pode não receber esta mensagem e comparecer no dia errado."


Bem, recado dado, não vão esquecer, ok.

Abraços a todos.

domingo, 27 de março de 2011

Vettel: Absoluto na Austrália...

Era o que eu esperava: com a melhor máquina nas mãos, o único que poderia derrotá-lo seria ele mesmo. Vettel começou a temporada 2011 arrasador e parte confiante para o bi-campeonato. Venceu de ponta a ponta o chaaaaato GP da Austrália, disputado em Melbourne no circuito Albert Park e chegou à sua 11ª vitória na carreira.

O novo regulamento não surtiu o efeito esperado. Nem o KERS e nem a asa móvel ajudaram a transformar a corrida em algo diferente de um festival de pit stops – foram 48 no total, incluindo os abandonos e os dois drive throughs que aconteceram ao longo da corrida.

A maioria optou por apenas duas paradas e alguns outros por três. Mas o espanto ficou por conta de Sergio Perez: 23 voltas com um jogo e as demais 35 com o segundo. Chegou a fazer a volta mais rápida no decorrer da prova e terminou em sétimo lugar. Assim, o piloto de 21 anos "quase" entrou para as estatísticas da categoria como o 315º a marcar pontos na história (o primeiro mexicano desde Hector Rebaque, há 30 anos!) e também como um dos mais jovens. Mas lamentavelmente foi desclafissido juntamente com seu companheiro de equipe por usarem carros fora das especificações do regulamento. Uma pena.

Nota positiva, igualmente, para o também estreante Paul Di Resta, que andou entre os dez primeiros e na frente também de Adrian Sutil. Acabou em 12º, fora da zona de pontuação, mas cumpriu sim uma boa corrida. E, claro, para o russo Vitaly Petrov, que levou a Renault ao pódio numa corrida sem nenhum erro, consistente e eficiente. Único representante do país na história da F-1, ele coloca o país no mapa-mundi da categoria de forma definitiva. E é o 198º nome a subir num pódio em 61 anos de existência do Mundial de Pilotos.

Lewis Hamilton chegou em 2º lugar, mas sua posição corre riscos reais: o assoalho do carro se soltou na metade final da corrida e os comissários, caso verifiquem um desgaste acima do limite tolerável, poderão desclassificá-lo nas próximas horas. O resultado, portanto, é extra-oficial e caso Lewis perca a posição, Petrov herda o 2º lugar e Alonso, os pontos da terceira posição.

Vitaly Petrov
Registre-se que o espanhol fez muito mais com a Ferrari, um carro que ainda não é competitivo, do que Felipe Massa, que fez uma corrida mediana e chegou apenas em nono. Alonso foi agressivo e veloz durante várias voltas. Faltou ter mais tempo para o asturiano poder alcançar Vitaly Petrov e, talvez, dar o troco do que não conseguiu em Abu Dhabi. Suprema ironia: ele acabou ficando atrás do russo pela segunda corrida consecutiva… Será que o russo tá virando a pedra no sapato do Alonso???

Outros destaques negativos, além da corrida fraca de Massa, foram Mark Webber, que levou uma surra durante todo o fim de semana do parceiro Vettel, culminando com o nocaute na prova, onde o australiano pouco (ou nada) fez. Quinto lugar com o carro que tem, convenhamos, é um péssimo resultado. E Rubens Barrichello, com um erro de principiante ao tentar ultrapassar Nico Rosberg, manchou sua recuperação após cair para a última colocação, tendo que passar nos boxes para cumprir um drive through em razão do contato com a Mercedes do alemão, que os comissários julgaram como uma manobra evitável. Depois, já distante dos pontos, o piloto da Williams abandonaria a disputa com problemas de câmbio.

A primeira etapa mostra que a Red Bull está acima das demais, mesmo com a má corrida de Webber. A McLaren tem um carro melhor que o da Ferrari, acreditem. E entre os times médios, a Sauber destacou-se pondo os dois carros nos pontos numa abertura de campeonato, o que não fazia desde 2001, quando revelou um certo Kimi Räikkönen. Mas foi desclassificada.

Vamos aguardar e ver se o resultado será mantido ou se Hamilton será desclassificado.

Agora, acordar às 3h da madruga é duro...

Confira o resultado final do GP da Austrália, em Melbourne (307,574 quilômetros):

1 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 58 voltas em 1h29m30s259
2 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - a 22s297
3 - Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - a 30s560
4 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 31s772
5 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - a 38s171
6 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - a 54s300
7 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 1m25s100
8 - Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - a 1 volta
9 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - a 1 volta
10 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - a 1 volta
11 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - a 1 volta
12 - Nick Heidfeld (ALE/Renault-Lotus) - a 1 volta
13 - Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault) - a 2 voltas
14 - Jerome D'Ambrosio (BEL/MVR-Cosworth) - a 3 voltas

Não terminaram:
Timo Glock (ALE/MVR-Cosworth) - a 8 voltas/mecânico
Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - a 9 voltas/câmbio)
Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 36 voltas/acidente
Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault) - a 39 voltas/mecânico
Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 39 voltas/mecânico
Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - a 48 voltas/pane mecânica
Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari) - desclassificado
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - desclassificado

Melhor volta: Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m28s947, na 55ª

sábado, 26 de março de 2011

O "Cara": Sebastian Vettel

Pois é.... quando foi pra valer, o campeão do ano passado mostrou, no primeiro treino classificatório de 2011, que não perdeu o apetite por poles. Após largar por dez vezes na posição de honra em 2010, Sebastian Vettel começou a nova temporada em grande forma. Com um tempo espetacular, 1m23s529, marcado na metade do Q3, o alemão da RBR assegurou a primeira posição do grid do GP da Austrália com uma folga de mais de sete décimos sobre Lewis Hamilton, da McLaren, o segundo. Impressionante.

O inglês, aliás, acabou com as chances de dobradinha da RBR, já que Mark Webber era o segundo até os momentos finais da sessão. Hamilton, entretanto, acertou uma bela volta e roubou o lugar do piloto australiano na primeira fila. O piloto local teve de se contentar com o terceiro posto, logo à frente de Jenson Button, companheiro de Lewis, o quarto colocado.

E a Ferrari??? Decepcionou mais uma vez. Chegou como favorita, mas está lutando muito para que seu carro fique na pista. Com um modelo muito desequilibrado em Melbourrne, Fernando Alonso, bicampeão mundial, conseguiu apenas a quinta posição, mas ficou quatro postos à frente do companheiro Felipe Massa, o nono. O brasileiro cometeu um erro em sua última volta e rodou.

Em 17º, sem marcar tempo na segunda parte do treino (Q2), Rubens Barrichello também rodou e admitiu o erro. O brasileiro da Williams ficou atolado na caixa de brita e não conseguiu retornar para o traçado, o que encerrou seu treino. Ele disse que colocou uma roda do carro na grama.

A corrida promete. A McLaren está dando mostras de que se recuperou rápido (ou escondeu o jogo???) e está pronta pra "guerra".

Vejam como ficou grid de largada para o GP da Austrália:

1 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1m23s529
2 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - 1m24s307
3 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - 1m24s395
4 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m24s779
5 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m24s974
6 - Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - 1m25s247
7 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m25s421
8 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m25s599
9 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - 1m25s626
10 - Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - 1m27s066
11 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1m25s971
12 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - 1m26s103
13 - Sergio Perez (MEX/Sauber-Ferrari) - 1m26s108
14 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - 1m26s739
15 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - 1m26s768
16 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - 1m31s407
17 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - sem tempo
18 - Nick Heidfeld (ALE/Renault-Lotus) - 1m27s239
19 - Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault) - 1m29s254
20 - Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault) - 1m29s342
21 - Timo Glock (ALE/MVR-Cosworth) - 1m29s858
22 - Jerome D'Ambrosio (BEL/MVR-Cosworth) - 1m30s822

Não se classificaram (acima dos 107% da pole - 1m31s266):
Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth) - 1m32s878
Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth) - 1m34s293

sexta-feira, 25 de março de 2011

F-Indy a toda velocidade

Bia Figueredo no treino livre
Amigos, domingo tem emoção garantida. F-1 na Austrália e também a F-Indy, na Flórida (EUA).

Os treinos já começaram na Indy e Ryan Hunter-Reay foi o mais rápido no primeiro treino livre da temporada de 2011 da Indy nas ruas de São Petersburgo, na manhã desta sexta-feira (25). O norte-americano da Andretti completou, ao todo, 14 voltas e virou na melhor delas, 1min04s143, impondo uma vantagem de apenas 0s038 para Will Power, da Penske.

Power, mais uma vez, deixou claro o forte desempenho em circuitos mistos e assegurou a segunda posição da tabela de tempos, com 1min04s182. Quem apareceu em terceiro foi Mike Conway. O piloto, agora na equipe de Michael Andretti, mostrou grande performance após um ano fora do campeonato depois do acidente em Indianápolis.

Scott Dixon foi o melhor entre os carros da Ganassi. O neozelandês terminou a sessão com o tempo de 1min04s318 e a quarta colocação, pouco à frente de Ryan Briscoe. O atual campeão, Dario Franchitti, garantiu o sétimo posto, enquanto o venezuelano Ernesto Viso colocou a KV no oitavo posto. Viso ainda se envolveu em um acidente na curva 3 nos instantes finais do treino. O piloto, felizmente, nada sofreu.

Marco Andretti obteve apenas o nono melhor tempo, seguido por Justin Wilson. Na estreia na equipe de Jimmy Vasser, Tony Kanaan registrou a 12ª marca do treino inicial. Entre os demais brasileiros, Raphael Matos, agora na AFS, foi o 16°, duas posições à frente de Vitor Meira. Bia Figueiredo fechou as atividades na 24ª e penúltima colocação.

Sinal verde: começa a temporada da F-1

Após o domínio da RBR pela manhã, a McLaren tratou de dar mostras de reação à tarde, após os péssimos resultados da pré-temporada. A equipe inglesa fez a dobradinha no segundo treino livre para o GP da Austrália, no circuito montado no Albert Park, em Melbourne, e colocou Jenson Button na primeira posição do dia com o tempo de 1m25s854, 132 milésimos à frente do companheiro Leiws Hamilton, o segundo colocado. Fernando Alonso, da Ferrari, ficou em terceiro nesta sexta.



Esse é o panorama inicial para o GP da Autrália que promete uma briga boa. E a Mercedez (Schumi) na minha opinião pode surpreender também.

A RBR e a Ferrari são as franco favoritas para essa prova considerando os testes de fevereiro e março. Mas ninguém é bobo no circo. A McLaren já deu mostras que vai reagir. Agora é aguardar o treino decisivo na madruga de amanhã. Abraços...


Confira os melhores tempos da sexta-feira de treinos livres para o GP da Austrália:

1 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m25s854 (61 voltas)
2 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - 1m25s986 (57)
3 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m26s001 (48)
4 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1m26s014 (54)
5 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - 1m26s283 (53)
6 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1m26s590 (45)
7 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m26s789 (54)
8 - Sergio Perez (MEX/Sauber-Ferrari) - 1m27s101 (57)
9 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - 1m27s280 (58)
10 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m27s448 (39)
11 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - 1m27s525 (31)
12 - Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - 1m27s528 (44)
13 - Nick Heidfeld (ALE/Renault-Lotus) - 1m27s536 (36)
14 - Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - 1m27s697 (51)
15 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - 1m28s095 (48)
16 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - 1m28s376 (33)
17 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Ferrari) - 1m28s583 (50)
18 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - 1m29s386 (53)
19 - Daniel Ricciardo (AUS/STR-Ferrari) - 1m29s468 (23)
20 - Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault) - 1m30s829 (35)
21 - Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault) - 1m30s912 (23)
22 - Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes) - 1m31s002 (20)
23 - Jerome D'Ambrosio (BEL/MVR-Cosworth) - 1m32s106 (53)
24 - Timo Glock (ALE/MVR-Cosworth) - 1m32s926 (45)
25 - Karun Chandhok (IND/Lotus-Renault) - sem tempo (1)
26 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth) - sem tempo (1)
27 - Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth) - sem tempo (0)

F1 2011 - Guia completo...

Amigos, às vésperas da abertura da temporada, montei este singelo guia 2011 da Fórmula 1 para que possam confirmar os pilotos e equipes.

Lembrando que a primeira prova será na pista do Albert Park, em Melbourne no dia 27/03. Os treinos livres para o GP da Austrália começam às 22h30m (de Brasília). Não percam...


quarta-feira, 23 de março de 2011

F-1 2011: primeira análise...

Vai começar mais uma "feroz" disputa pelo título mundial da F-1. E a relação de forças da Fórmula 1 na temporada 2011 deve mudar pouco em relação ao ano passado, com RBR e Ferrari dominando as atenções do público na primeira parte do campeonato. A diferença é a McLaren, que também andou bem em 2010, mas desta vez começa atrás, por causa dos problemas nos testes de pré-temporada.

Entre os pilotos, o campeão Sebastian Vettel, da RBR, e o espanhol Fernando Alonso, da Ferrari, são os principais candidatos, com Felipe Massa e Mark Webber também na briga. Lewis Hamilton e Jenson Button, da McLaren, não podem ser descartados, é claro, mas os problemas no início podem comprometer o ano todo.

Então, o que esperar dos favoritos nesta temporada? Eis minha opinião:

Sebastian Vettel (RBR)

O cara é o mais jovem campeão da história da Fórmula 1 e acho que ele deve buscar regularidade na temporada 2011. Afinal, no ano passado, ele só liderou o campeonato após a corrida em Abu Dhabi, a última, quando era o azarão na disputa do título. Cometeu alguns erros graves ao longo do ano, mas conseguiu se acertar após o acidente com Jenson Button no GP da Bélgica.

O desafio em 2011 é aproveitar o bom carro da RBR, projetado por Adrian Newey e que foi o mais regular da pré-temporada, para ter um ano com menos sobressaltos. Entretanto, ele terá de enfrentar o maior desafio de sua carreira até agora: a pressão da defesa de um título, coisa que a maioria dos campeões do mundo dizem que é um dos momentos mais complicados.

Fernando Alonso (Ferrari)

O "Princípe das Astúrias", bicampeão da F-1, ficou sem o título da temporada passada na última corrida, após um erro no momento do pit stop e ficar preso atrás de Vitaly Petrov, da Renault. Neste ano a meu ver, está mais afinado com a equipe Ferrari e terá um carro confiável. O que ele demonstrou nos testes da pré-temporada, o credencia a andar mais forte.

E, apesar do vice-campeonato em 2010, Alonso cometeu alguns erros importantes na temporada passada. Cito o maior deles nas ruas de Mônaco, quando bateu no terceiro treino livre e acabou largando no fim do pelotão, ficando assim sem chances reais de vitória na corrida. Neste anos, imagino que seu objetivo maior será repetir a regularidade dos anos de Renault, quando raramente quebrava ou cometia erros.

Felipe Massa (Ferrari)

Sinceramente, o ano de 2010 deve ser esquecido pelo Felipe, pois ele não atingiu nem a metade do objetivo proposto e isso é devido, principalmente aos problemas com o aquecimento dos pneus e pelo incidente do GP da Alemanha, quando foi obrigado a a vitória a Fernando Alonso. Ele, que nunca fugiu de um desafio e já derrotou Kimi Raikkonen dentro da equipe um ano após o título mundial do finlandês, precisa mostrar novamente seu poder de reação e superar o bicampeão espanhol na preferência da equipe.

Sem vencer desde o GP do Brasil de 2008, quando foi um dos protagonistas de uma das mais emocionantes decisões de título da F-1 e ficou com o vice, Massa começou o ano bem. Ele se adaptou bem aos pneus Pirelli, menos resistentes e que exigem uma tocada mais suave. Desde os primeiros testes em Abu Dhabi, o brasileiro sempre esteve entre os primeiros. Além disso, o 150º Itália, carro da equipe italiana para 2011, parece casar bem com seu estilo.

Mark Webber (RBR)

Sem dúvida, o australiano foi a grande surpresa da última temporada. Quem o via como apenas o segundo piloto da RBR, coadjuvante da então revelação Sebastian Vettel, ele liderou boa parte do campeonato e perdeu o título apenas no fim, após um erro na Coreia do Sul e corridas apáticas no Brasil e em Abu Dhabi. Entretanto, provou aos críticos que pode andar em alto nível na F-1.

Veterano de 34 anos, Webber caminha para o fim de sua carreira na Fórmula 1 em breve. A RBR, por exemplo, só renovou seu contrato para esta temporada e existe a pressão dos dirigentes para a entrada de um jovem valor do programa de desenvolvimento da equipe. Cabe a ele provar, em 2011, que ele ainda pode andar bem por alguns anos na categoria.

Lewis Hamilton e Jenson Button (McLaren)

Os ingleses da McLaren disputaram o título durante boa parte da temporada passada, mas entram em 2011 com uma interrogação em suas cabeças: como o carro da equipe vai reagir neste ano após os problemas de confiabilidade na pré-temporada? Os engenheiros do time estão trabalhando em soluções, mas as primeiras corridas prometem ser problemáticas.

Quanto aos pilotos, Lewis Hamilton andou muito bem na temporada passada e fez uma primeira parte bastante madura, marcando pontos e pensando em longo prazo. Entretanto, alguns erros nas últimas corridas do ano comprometeram a luta pelo bi. Em 2011, ele terá de lidar com a menor resistência dos novos pneus em seu estilo agressivo de pilotagem.

Campeão de 2009 com a Brawn GP, Jenson Button tem um estilo de pilotagem conservador, que o deve ajudar na tarefa de adaptação aos novos pneus. Ele foi um dos poucos pilotos a elogiar a novidade da Pirelli e pode acabar se dando bem. Entretanto, precisa ser um pouco mais agressivo em corridas-chave. Em 2010, o inglês pecou neste aspecto.

Michael Schumacher e Nico Rosberg (Mercedez)

Uma dupla alemã de fazer inveja a qualquer dono de equipe. O "Schumi" sentiu o peso dos mais de três anos fora da F-1 e o reflexo disso foi seu desempenho abaixo do espero. Tá certo que a Mercedez também não colaborou ao entregar a seus pilotos um carro abaixo do esperado. Mas acho que esse ano o "alemão" vai incomodar. E terá a seu lado outro alemão, Nico Rosberg, que andou forte a temporada toda de 2010. Ross Brawn sabe que um bom equipamento nas mãos dos dois alemães, a disputa será intensa e vai incomodar toda a vizinha da dianteira grid... e para nós será mais um atrativo...

Em 2011 espero também que a Williams de Barrichelo possa finalmente se consolidar e voltar ao degrau mais alto do pódio, de onde nunca deveria ter saido.

sexta-feira, 18 de março de 2011

2º Encontro de Autos Antigos de Congonhas

Amigos, vem aí o 2º Encontro de Autos Antigos de Congonhas que será realizado na Romaria entre os dias 4 e 5 de junho deste ano.

A realização é do CAARR - Clube de Autos Antigos Rota Real, cujo presidente é o simpático amigo Caio Márcio Baptista Pereira. 

E já tem gente se organizando pra marcar presença. Os Galaxeiros das Gerais - www.galaxeirosdasgerais.blogspot.com - vão desfilar com seus imponentes Galaxies que, com absoluta certeza, irão  abrilhantar este 2º encontro.

Espero rever todos os participantes que aqui estiveram no 1º encontro. Ao amigo Flávio de Barbacena (Clube do DKW) um grande abraço. O cara sabe tudo sobre a "pequena maravilha".

Abraços a todos...

Pneus coloridos...

Quando a Bridgestone criou as faixas coloridas para indicar o tipo de composto usado durante as corridas da F1, agora serão substituídas por cores nas laterais dos pneus nesta temporada. A italiana Pirelli informou que cada tipo de pneu terá o logotipo com sua marca estampado numa cor diferente.

Serão seis compostos fornecidos ao longo da temporada, dois para chuva e quatro lisos, os “slicks”. Para cada corrida, dois tipos de “slicks” serão oferecidos, sempre com um “degrau” entre eles na escala de dureza da borracha.

Para as três primeiras corridas do ano, já foi definido que estarão disponíveis os compostos “hard” (duro) e “soft” (macio). Entre eles há o “medium”, que não será usado nem na Austrália, nem na Malásia, nem na China.

Tudo para forçar as equipes a fritarem os miolos na hora de escolher que tipo de borracha usar — tendo de apostar na performance, ou na durabilidade.

Eis o esquema de cores da Pirelli para 2011:

    Pneu de chuva forte (“wet”): laranja
    Pneu para pista úmida (intermediário): azul claro
    Pneu supermacio (“supersoft”): vermelho
    Pneu macio (“soft”): amarelo
    Pneu médio (“medium”): branco
    Pneu duro (“hard”): prateado

Galaxeiros das Gerais

Amigos, 

diante da série "Grandes Brasileiros", rendo aqui minha singela homenagem aos membros da Associação Galaxeiros das Gerais que marcaram presença no 1º Encontro de Autos Antigos de Congonhas realizado em setembro de 2010.
Ao Antônio do Monte e aos demais membros, um grande abraço.





Falta de tempo...

Pois é galera, minha falta de tempo pra postar está cada vez maior... e tudo isso em virtude do ritmo frenético e dinâmico do meu trabalho (duro)... mas ainda hoje arranjarei um tempinho para postar...

abraços a todos ....

segunda-feira, 14 de março de 2011

Grandes Pilotos; Graham Hill

Considerado um dos maiores pilotos de automobilismo de todos os tempos, rendo aqui minha singela homenagem a Norman Graham Hill, nascido em Hampstead, Londres, no dia 15/02/1929 na Inglaterra, que ficou mundialmente conhecido como Graham Hill.

Hill foi bicampeão mundial de Fórmula 1 em 1962 e 1968. Disputou 18 temporadas de Fórmula 1, entre os anos de 1958 e 1975, e teve o período igualado apenas por Rubens Barrichelo (1993-2010).

Ele foi o único piloto a ganhar a Tríplice Coroa: Indianapolis 500 em 1966, as 24 Horas de Le Mans em 1972 e os campeonatos de Fórmula 1 em 1962 e 1968.

Devido às suas cinco conquistas no principado de Mônaco, entre 14 vitórias na carreira, Graham Hill recebeu o apelido de Mr. Mônaco pelas cinco vitórias na década 60: (1963, 1964, 1965, 1968 e 1969). A marca foi superada 24 anos depois pelo brasileiro Ayrton Senna em 1993, quando conseguiu sua sexta vitória no Principado: (1987,1989,1990,1991,1992 e 1993).

Graham ficou conhecido durante a parte final de sua carreira por sua inteligência e paciência.

Ele iniciou sua carreira na Fórmula 1 aos 29 anos correndo pela Lotus. Depois de dois anos sem marcar sequer um ponto, entrou na BRM, e venceu seu primeiro campeonato em 1962. Ainda na BRM, ele foi vice-campeão em 1963, 1964 e 1965. Seu segundo título veio depois de voltar para a Lotus em 1968. Nesse mesmo ano, ele venceu o GP da Espanha com a Lotus patrocinada pela Gold Leaf, na primeira aparição de um carro estampado por uma empresa tabagista sem vínculo com o automobilismo.

Sobreviveu a vários acidentes antes de se aposentar aos 46 anos e montar sua própria equipe, Embassy Hill.

Faleceu no fim de 1975 quando seu avião (que pilotava quando se acidentou) caiu durante um nevoeiro. Cinco membros da equipe Embassy Hill, incluindo o piloto da equipe e compatriota Tony Brise, também morreram no acidente.

Seu filho, Damon Hill, tornou-se campeão mundial de Fórmula 1 em 1996, o que faz dele o único filho de campeão a também tornar-se um.

Em 1990, ele foi introduzido ao International Motorsports Hall of Fame.






domingo, 13 de março de 2011

Túnel do Tempo: Nigel Mansell e Ayrton Senna

 
O cenário era Silverstone, GP da Inglaterra, no ano de 1991.
A foto revela um Ayrton Senna de carona com o "Leão" Nigel Mansell, no carro em que ele, Senna, chamaria de "Williams de outro planeta" e que daria o título do mundial de pilotos ao inglês no ano seguinte.
 
Foi mais um espetáculo do "Leão", que venceu o GP inglês, seguido por Gerhard Berger, da McLaren, e Alain Prost, da Ferrari. Ayrton Senna, mesmo com uma pane seca na última volta, ainda garantiu a quarta posição na corrida.

Recordar é viver...

sábado, 12 de março de 2011

La vem o alemão...

Lá vem o alemão...
Depois da sua readaptação à F1, acho que o alemão está com tudo esse ano. E a equipe Mercedes parece estar começando a se recuperar dos maus resultados na pré-temporada. No quarto dia dos testes em Barcelona, os alemães colocaram seus dois pilotos entre os três primeiros nesta sexta-feira, dia 11/03. Em uma simulação de classificação, Michael Schumacher foi o mais rápido, e Nico Rosberg ficou em terceiro. Com 1m21s249, o heptacampeão colocou 365 milésimos de vantagem sobre o espanhol Fernando Alonso, da Ferrari, o segundo colocado do dia.

Entretanto, o tempo de Schumacher chegou a ser colocado sob suspeita pela manhã, até ser confirmado pelos fiscais do circuito de Barcelona. Tudo porque o heptacampeão já havia marcado uma boa volta, mas que foi anulada por um corte da chicane que antecede a reta dos boxes. O alemão, entretanto, voou com pneus supermacios e sem cometer irregularidades. Nico Rosberg, seu companheiro, andou apenas à tarde e ficou quase meio segundo atrás do compatriota.

O dia teve apenas uma bandeira vermelha, causada por um problema com o japonês Kamui Kobayashi, da Sauber. Ele ainda conseguiu a sexta posição. A Renault-Lotus colocou Nick Heidfeld na quarta posição, pouco à frente de Rubens Barrichello, da Williams, o quinto colocado. Ele foi o único brasileiro a andar nesta sexta e cedeu o carro à tarde para o companheiro Pastor Maldonado. O venezuelano foi apenas o 12º, quase dois segundos mais lento que o veterano.

Sebastian Vettel, atual campeão da Fórmula 1, não conseguiu repetir o bom desempenho da RBR dos outros dias e ficou apenas na oitava posição. O alemão deu 64 voltas no circuito de Barcelona, e a equipe apostou em simulações de trechos longos, para verificar a durabilidade dos novos pneus Pirelli. Os pilotos e equipes têm reclamado do excessivo desgaste dos compostos.

Veja os melhores tempos do quarto dia do último teste em Barcelona:

1 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1m21s249 (67v)
2 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m21s614 (141)
3 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m21s788 (22)
4 - Nick Heidfeld (ALE/Renault-Lotus) - 1m22s073 (67)
5 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - 1m22s233 (89)
6 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - 1m22s315 (98)
7 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - 1m22s675 (72)
8 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1m22s933 (64)
9 - Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault) - 1m23s437 (138)
10 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - 1m23s653 (42)
11 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - 1m23s921 (26)
12 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - 1m24s108 (11)
13 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m25s837 (57)
14 - Jerome D'Ambrosio (BEL/MVR-Cosworth) - 1m27s375 (46)

Grandes Brasileiros (2): Simca Chambord

Sigla para Sociéte Industrielle de Mécanique et Carrosserie Automobile, a Simca foi fundada em 1935 por Henri Théodore Pigozzi na cidade francesa de Nanterre. Seus primeiros modelos foram os automóveis da Fiat italiana, mas a partir da década de 1950, a Simca desenvolveu sua própria linha de modelos, como o Aronde ("andorinha" em francês arcaico) e o Vedette (que deu origem ao Chambord brasileiro). Depois a empresa foi adquirida pela Chrysler e continuou viva até a década de 1980, em associação com a Matra e a Talbot.

A filial brasileira (da qual 25% pertenciam à Chrysler) foi fundada em 5 de maio de 1958 na Via Anchieta, em São Bernardo do Campo. Da sua linha de produção sairam o Chambord (e suas variações Rallye e Tufão), a perua Jangada e o Esplanada, com o logotipo da Chrysler. Em 15 de agosto de 1967, a Chrysler assumia totalmente a empresa e encerrava-se a produção dos modelos originários da Simca.

Simca Chambord
O mais famoso e vendido dos Simca era o Chambord, cópia fiel do Vedette, um sedã francês inspirado nos carros norte-americanos: grandes dimensões, frisos cromados, traseira com rabo-de-peixe e lanternas triangulares. Apesar do visual interessante, seu motor V8 não tinha um redimento brilhante, o que lhe valeu o apelido de Belo Antônio: bonito, mas impotente. Apesar disso, o Chambord foi imortalizado como a viatura do patrulheiro Carlos Miranda, protagonista de O Vigilante Rodoviário, o primeiro seriado brasileiro.
Vigilante Rodoviário, o primeiro seriado brasileiro.
Ficha técnica Simca Chambord:
Simca Jangada


Originalmente Vedette Marly, a perua derivada do Chambord recebeu um nome genuinamente brasileiro ao ser nacionalizada: Jangada. Assim como o sedã de origem francesa, seu estilo era inspirado em modelos norte-americanos, com cromados, rabo-de-peixe, lanternas triangulares e bagageiro de madeira (com porta traseira bipartida). Com bancos traseiros rebatidos, a capacidade de carga subia para 1.800 litros, mas seu motor V8 tinha pouca potência para andar com duas toneladas no lombo. Na época do Jangada, só havia outra perua no mercado: o DKW Vemaguete, mas seu tamanho era menor e o espaço idem. Saiu de linha em 1967, com um total de 2.705 unidades produzidas.

Ficha Técnica Simca Jangada:


Simca Chambord Rallye Tufão


Lançado em 1959, o Chambord era equipado com motor V8 de 2,35 litros e 90 cv, o que lhe rendeu o apelido "Belo Antônio": bonito mas impotente. Em 1962 eram lançados os esportivos Simca Rallye, com dupla carburação e 94 cv. Dois anos depois, a cilindrada era aumentada para 2,4 litros e a potência subia até 100 cv. Era o Simca Tufão. Além da nova motorização, o Tufão trazia mudanças no desenho, ficando bem mais retilíneo. Os Simca continuaram sendo produzidos até 1967, quando a Chrysler assumiu o controle acionário da marca.

Fica Técnica Simca Chambord Rallye Tufão:


A última do grid...

A Hispania apresentou seu carro para a temporada 2011 nesta sexta-feira, depois de um imenso atraso, durante o penúltimo dia de testes coletivos da Fórmula 1 no circuito de Barcelona. Entretanto, o modelo, chamado de F111, não poderá ir à pista na parte da tarde, por falta de peças sobressalentes. A equipe espanhola espera andar no sábado de encerramento das atividades.

Após o fracasso da parceria com a Toyota, a Hispania construiu seu próprio carro, projeto lidderado pelo engenheiro Geoff Willis, ex-Williams, BAR/Honda e RBR. Os pilotos confirmados serão o indiano Narain Karthikeyan e o italiano Vitantonio Liuzzi. Segundo a equipe, o F111 tem pouco a ver com o modelo do ano passado, criado pela Dallara mas que não teve atualizações durante a temporada.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Grandes Brasileiros (1): Aero Willys

Amigos, inicio hoje a série "Grandes Brasileiros", que vai mostrar aqui os automóveis fabricados em solo tupiniquim e que estão eternizados na memória e no gosto de nosso povo.

O primeiro veículo a desfilar aqui é o Aero Willys que tanto encantou e ainda encanta àqueles que admiram "grandes formas".

O Aero Willys brasileiro foi lançado em 25 de março de 1960, mas seu projeto vinha sendo discutido na montadora brasileira desde 1958. O Aero Willys era um carro herdado de um projeto americano que havia sido desativado por insucesso. Lá as versões desse automóvel eram conhecidas como Aero-Ace, Aero-Eagle, Aero-Wing, Bermuda (um cupê duas portas), fabricados pela Willys Overland dos EUA, com os componentes mecânicos dos Jeep Willys.

O ferramental veio para o Brasil e a Willys começou a produzir automóveis (apenas os modelos 4 portas). Toda a linha Aero foi concebida sobre a plataforma do Jeep, com suspensão e direção do Jeep, e com freios a tambor nas quatro rodas. Eram carros duros, com uma linha arredondada, típica do início dos anos 50, de gosto discutível, mas que representavam à época, a única opção para quem não quisesse entrar num Simca Chambord e precisasse de um automóvel maior que os Volkswagen, DKW e Dauphine. Seu motor era de seis cilindros em linha, o mesmo usado no Jeep (que mais tarde passou a ser usado no modelo Rural, e nos demais modelos derivados do Jeep, e até mesmo nos primeiros Mavericks fabricados pela Ford), a partir de 1973. Esse motor tinha uma característica incomum: a válvula de admissão situava-se no cabeçote, mas a válvula de escapamento ficava no bloco.


Em 1961 a diretoria da Willys Overland do Brasil tomou a decisão de inovar completamente o Aero Willys e torná-lo um carro inteiramente novo, com estilo próprio e linha inédita no catálogo internacional.

O início da fabricação deu-se em outubro de 1962 e sua primeira aparição foi em Paris, no mais famoso Salão do Automóvel do mundo. Entre as muitas novidades internacionais aparecia, um carrão com monobloco brasileiro, 110 cavalos no motor, concepção e estilos novos. Era o primeiro carro inteiramente concebido na América Latina.

Em julho de 1963 era lançado o Aero Willys 2600, o primeiro carro genuinamente brasileiro. As primeiras peças, como os primeiros carros eram inteiramente feitas à mão. O sucesso foi imediato, tanto que em 1966 foi lançado uma nova versão mais luxuosa batizada de Itamaraty, também chamado de Palácio sobre Rodas. O Itamaraty vinha equipado com acessórios a época sofisticados como bancos de couro e ar condicionado. Em 1967, foi lançada a Itamaraty Executivo, a primeira limusine fabricada em série no Brasil.

Em 1968 a Willys foi comprada pela Ford, que aos poucos foi fundindo o Aero Willys no seu Ford Galaxie. Houve uma tentativa de adaptação do motor V8 do Galaxie no Aero. Um dos engenheiros testou o desempenho do automovel, na estrada para Santos. Entretanto, a falta de estabilidade e deficiência de frenagem do carro com o potente motor V8, na estrada em descida e cheia de curvas, encerrou o episódio. Em 1971 a Ford anunciou que aquele seria o último ano de fabricação do automóvel, devido à queda nas vendas. Em 1972 foram vendidos os últimos Aero e Itamaratys, sendo sua mecânica utilizada como base do futuro Maverick, em 1973.

Histórico e ficha técnica:

AERO-WILLYS 2600

Lançado em 1960, o Aero-Willys era um sedã de quatro portas com características de vários modelos da linha Aero norte-americana.

Tinha perfil aerodinâmico, pára-lamas salientes, ampla área envidraçada e motor de 90 cv.

Três anos depois, o modelo foi redesenhado, ganhando linhas mais retas e agressivas, motor mais potente e revestimento de jacarandá no painel.

Em 1967, a Ford assumia o controle da Willys, e o Aero ganhava o motor de 3 litros e 130 cv. Em 1971, a Ford encerrava a produção do Aero, devido às baixas vendas e concorrência interna com o Galaxie. Ao todo foram fabricados 99.621 Aero-Willys e 17.216 Itamaraty.



AERO-WILLYS ITAMARATY 3000

Lançado em 1966, a versão mais sofisticada do Aero-Willys, batizada com nome de um palácio de Brasília, trazia mais cromados, nova grade dianteira e lanternas. O interior ainda trazia o painel de jacarandá maciço (que seria substituído por uma imitação de plástico nos Willys da Ford), bancos de couro e rádio. Na parte mecânica, ganhava um motor de 3 litros e 132 cv (140 cv na gestão Ford). Sua produção foi encerrada em 1971, junto com Aero-Willys.
 


AERO-WILLYS ITAMARATY EXECUTIVO 3000

A versão limusine do Aero-Willys foi construída em parceria com a Karmann-Ghia, ganhando centímetras extras entre as portas dianteiras e traseiras. A mecânica era a mesma do Itamaraty e trazia dois níveis de acabamento: Standard, com ar-condicionado, rádio toca-fitas, revestimento de couro e jacarandá, e Especial, com todas as regalias e barbeador elétrico. As duas versões vinham com dois bancos escamoteáveis. O primeiro modelo, um Executivo Especial, foi entregue ao presidente Castello Branco. Além desse, foram construídos mais 26 modelos.




Recordar é viver...