terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A História do Prateado e do Dourado na F1 (6)...

por Renato Breder

Amigos, essa é a sexta parte, a década de 2000 a 2009...

2000 – 2009

● 2000

A McLaren manteve sua pintura ‘West’ no modelo ‘MP4/15’, continuando assim o reinado prateado solitária... Mas, além da Sauber, e sua quase imperceptível “polegada quadrada prateada”, a BAR apresentou uma pintura – de apenas uma ‘face’ – em que uma mancha prateada aparecia nas laterais da tampa do motor e no nariz do carro.




Ah sim! Jean Alesi continuou com seu capacete prateado... ou cromado...

2001

Jean Alesi abandonou seu capacete prateado (ou cromado)... por pouco tempo. Apenas na primeira etapa, na Austrália... Até Juan Pablo Montoya se rendeu ao capacete crom... digo prateado... pelo menos foi apenas em alguns GPs.




A Sauber manteve a “polegada quadrada prateada” no cockpit do modelo C20.


A BAR, por sua vez, “perdeu” as manchas prateadas...

A Williams surgiu com uma nova pintura ‘branca & azul’ para o modelo FW23, o segundo de sua parceria com a BMW. E entre o azul e o branco, uma discreta faixa prateada.




Apenas a McLaren, com o modelo ‘MP4/16’ trajando a já clássica pintura ‘West’, apresentou um prateado mais respeitável...


2002

Mais do mesmo: a Sauber continuou com o espaço prateado mínimo para a Red Bull, no modelo C21. E as ‘Williams FW24’ continuaram a apresentar a faixa prateada entre as cores azul e branco.





A McLaren e suas tradições: primeiro a pintura ‘Marlboro’, por 23 anos. Agora a pintura ‘West’, já em seu 6o ano na McLaren. E, nesse ano, um carro da McLaren, o modelo ‘MP4/17’, foi pilotado também por uma piloto... Sarah Fischer, em Indianápolis.



Em Spielberg, outrora Zeltweg, no circuito A1 Ring, um menino de ouro (ou dourado) visitou os boxes da Sauber...


E o capacete do escocês Allan McNich, piloto da Toyota: era branco com prateado, ou eram dois tons de prateado?


2003

E, novamente, a McLaren com sua pintura ‘West’, agora no modelo ‘MP4/17D’ (‘D’ de Developed, se não me engano), uma vez que o desejado MP4/18 mostrou ser um fracasso nos testes.




De novo a Sauber, com seu “remendo prateado” Red Bull, no modelo C22.


E novamente de novo, a faixa prateada, separando o azul do branco, nas ‘Williams FW25’. Juan Pablo Montoya gostou e abusou do capacete prateado.


A moda dos capacetes “prateados” atingiu Jarno Trulli...


E por fim, o momento “Troféu Mico Dourado”... as belas trapalhadas em Interlagos. O incêndio na Jordan de Fisichella, o verdadeiro vencedor do GP, e o resultado e pódio - errados - do GP do Brasil... duas semanas depois, em Ímola, o “remendo”...



2004


Para esse ano, a McLaren trouxe o modelo ‘MP4/19’, que nada mais era que o MP4/18 corrigido e desenvolvido a um estágio satisfatório. O MP4/18 teve vários acidentes em testes por razões muito obscuras, não foi aprovado nos testes de impacto lateral da FIA por duas vezes, e havia um problema muito grande em resfriar o motor, uma vez que os sidepods eram muito estreitos. O projetista Mike Coughlan foi trazido para trabalhar com Adrian Newey e juntos, desenvolveram o carro chegando ao MP4/19. A pintura ‘West’ pareceu ter o preto realçado...

Outra boa leitura: McLaren MP4/18 - MP4/19
http://www.f1technical.net/features/689



A Williams, por outro lado, surgiu com o modelo ‘FW26’, que apresentava um estranho e duvidoso nariz “batatudo”. Segundo seu diretor técnico, Patrick Head, por razões aerodinâmicas. O modelo chegou a ser apelidado ‘Batmóvel’, apesar de eu achar o Batmóvel mais bonito... De qualquer forma, após uma “cirurgia” de deixar Ivo Pitanguy com inveja, a partir do GP da Hungria, o FW26 ganhou um nariz bem mais apresentável... com “cara de nariz” mesmo. E as faixas prateadas continuaram na pintura da Williams...






A Sauber manteve, basicamente, a mesma pintura de alguns anos...




No GP de San Marino e no GP do Brasil, um pouco de ‘preto & dourado (desbotado)’ foi trazido de volta ao cenário de um final de semana de F1. Foram duas homenagens a Ayrton Senna. Em Ímola, Gerhard Berger deu alguma voltas no circuito com a Lotus 98T, pilotada por Senna em 1986, com direito a bandeira e tudo mais. Estiveram presentes na ocasião a irmã de Ayrton, Viviane e seu filho, Bruno.




Em Interlagos, foi Bruno quem deu algumas voltas pelo autódromo. Curioso é que Ayrton, de Lotus, jamais andou em Interlagos...




Christian Klien, piloto austríaco, com patrocínio pessoal da Red Bull, foi o primeiro a usar um capacete “padrão Red Bull” na F1... inaugurou assim uma nova “era”...




● 2005

Nessa temporada, ainda com a pintura ‘West’, a McLaren apresentou o modelo ‘MP4/20’ com a cor preta, aparentemente, crescente. Na traseira do carro, especialmente nos braços da suspensão, uma película dourada para proteção térmica contra o calor dos gases vindos do escapamento. Quatro pilotos guiaram o carro em GPs. Os dois titulares, Kimi Räikkönen e Juan Pablo Montoya, e os pilotos de testes da equipe, Pedro de la Rosa e Alexander Wurz. Antes do GP do Bahrein, Montoya quebrou a clavícula e foi substituído por De la Rosa. No GP seguinte, o de San Marino, foi Wurz quem o substituiu. Aqui duas curiosidades: De la Rosa correu no Bahrein porque Wurz, além de não ter dado nenhuma volta com o MP4/20, não cabia no cockpit dele. E, oficialmente, Montoya quebrou a clavícula jogando tênis... dizem que foi para a quadra com uma motocross...

E a Williams mudou totalmente seus pilotos para essa temporada, mas a pintura...
continuou a mesma no novo modelo, o FW27...





Nesse ano, estreou com equipe própria a Red Bull. Até então ela esteve ligada à equipe Sauber, que sempre apresentava aquele “minifúndio prateado”. Por isso, a pintura da Sauber perdeu o pouco prateado que tinha...


O primeiro modelo da Red Bull, o ‘RB1’, trouxe bastante prateado – uma de suas cores oficiais – em algumas peças do carro, como os defletores nas laterais do cockpit (‘barge boards’), nos “flipups”, que são aqueles defletores na parte traseira dos ‘sidepods’ em forma de rampa e até nas asas do carro no inicio do ano...


E Jarno Trulli manteve seus capacetes prateados... outros pilotos apresentaram prateado em seus capacetes (Patrick Friesacher e Tiago Monteiro, por exemplo) mas era muito pouco...


E o momento “Mico Dourado II”: GP dos EUA, em Indianapolis...

Tudo começou com o acidente de Ralf Schumacher, nos treinos, na última curva do traçado, na entrada para a reta principal. Seu pneu Michelin não suportou os esforços e estourou. Depois disso, houve muito debate nos bastidores, a Michelin chegou a levar novos pneus para a corrida (o que era contra o regulamento), fez sugestões para inclusão de uma ‘chicane de última hora’ na tal curva... mas nada
foi acertado.

Com isso, a Michelin aconselhou às equipes que utilizavam seus pneus a não largarem para a corrida, por questões de segurança. Ou seja, 7 das 10 equipes que disputavam o Mundial optaram por não largar... o público adorou!!





● 2006

Para o modelo ‘MP4/21’ da McLaren, dessa temporada, saiu a pintura 'West' e entrou a pintura 'Johnnie Walker'. Com isso, o prateado venceu a disputa com o preto na carenagem das McLarens, que passou a abrigar, também, o 'vermelhão' da Emirates.

Ron Dennis se cansou de Juan Pablo Montoya e o substituiu pelo piloto de testes, Pedro de la Rosa, no meio da temporada. Foi o fim da carreira na F1 para o piloto colombiano. Foi também o último ano do finlandês Kimi Räikkönen no time de Woking.




Williams encerrou sua parceria com a BMW e “perdeu” a faixa prateada...

A Red Bull continuou com as peças prateadas... algumas ficaram brancas depois...




A Red Bull comprou a Minardi, de Paul Stoddart, e criou uma espécie de equipe ‘B’ para si. O nome da equipe foi “traduzido” para o italiano: Toro Rosso. O seu primeiro modelo, o STR1, apresentou uma pintura diferente da pintura da matriz.
Mais bonita. Mas, de frente, para não ser confundido com os carros da Red Bull, o STR1 trouxe a ponta do nariz em dourado, um detalhe que carrega desde então.




No segundo semestre do ano, a fabricante holandesa de carros esporte exclusivos, Spyker, comprou a equipe ‘Midland F1’ (que comprou a Jordan no final de 2004) mudando seu nome para... ‘Spyker Midland F1’. A partir do GP da China, a renovada equipe repintou seus carros, os Midland M16 (ou MF1 M16... é isso mesmo?), que passaram a apresentar uma bela pintura ‘laranjada & prata’...



Seria esse o “Troféu Mico Dourado III”?


2007

O modelo da McLaren para essa temporada, ‘MP4/22’ não teve o mesmo esquema de cores do ano anterior... o preto foi embora. ‘Johnnie Waler’ continuou seu caminho e deu lugar ao 'vermelhão', dessa vez, da Vodafone...

Para pilotá-lo, a McLaren trouxe o bi-campeão Fernando Alonso, vindo da Renault, e o “garoto-prodígio-protegido”, Lewis Hamilton, o campeão da GP2 no ano anterior. A relação entre Alonso e a equipe no começo foi boa, mas depois azedou... e o “calouro” chegou a ter chances de ser campeão em sua estréia....





A Red Bull praticamente eliminou os detalhes prateados com sua pintura “risca de giz”... mas, nos macacões da equipe, o logo da Red Bull era prateado.

O dourado no nariz do modelo STR2, da Toro Rosso, diminuiu de tamanho...


A Spyker perdeu o prateado. A pintura nessa temporada era ‘laranjada & preta’.

Em Indianápolis, no GP dos EUA, a estréia na F1 de um menino dourado... Sebastian Vettel, substituindo Robert Kubica na BMW-Sauber, que sofreu um acidente em Montreal. Pouco tempo depois, Vettel foi promovido a piloto titular da Toro Rosso, no lugar de Scott Speed.



2008

O modelo da McLaren para esse ano, o ‘MP4/23’, seguiu exatamente a mesma programação visual do ano anterior. Fernando Alonso foi embora para a Renault e Heikki Kövalainen assumiu o 2o carro da equipe. Lewis Hamilton foi o 1o piloto da equipe (embora a McLaren não concorde com essa afirmação) e terminou o ano com o título de campeão.






A pintura do ‘RB4’, da Red Bull, realçou um pouco mais o prateado...


A Toro Rosso usou dois modelos nesse ano: ‘STR2B’ e ‘STR3’. Em ambos, apenas a ponta do carro com o detalhe em dourado. Destaque para as primeiras pole e vitória de Sebastian Vettel, com a “ex-Minardi”, em Monza...


No final de 2007, o empresário indiano Vijay Mallya comprou a Spyker (que havia comprado a Midland, que havia comprado a Jordan). A equipe foi renomeada ‘Force India’. E o primeiro modelo da equipe, para essa temporada, foi o ‘VJM01’, com amplos detalhes dourados...


Tanto Fisichella quanto a Bridgestone comemoraram 200 GPs nessa temporada. O piloto em Mônaco e a empresa em Valência. Ambos com detalhes dourados.


E os “Troféus Mico Dourado”, IV e V, ocorreram ambos no GP de Cingapura... nas voltas 14 e 17, respectivamente... nem precisam muitos comentários...


2009

Para essa temporada, foi mantida a pintura ‘Vodafone’ da Mclaren. O prateado dominante combinado com o ‘vermelhão’ do patrocinador-mor... Foram mantidos também, os pilotos: Lewis Hamilton e Heikki Kövalainen.




O detalhe da “risca de giz” prateada da Red Bull desapareceu. Cada vez menos prateado foi visto no carro...


A Toro Rosso manteve no modelo ‘STR4’ o detalhe dourado na ponta do nariz.



A Force India trocou o dourado da pintura usada em 2008 pelo verde da bandeira indiana... ficou melhor...

Uma década apenas de detalhes dourados e um pouco mais de prateado. Na McLaren o prateado aumentou “sua participação”. Até 2005, a pintura ‘West’ trazia mais ou menos 50/50 ‘preto & prateado’. A partir de 2006, com a pintura ‘Johnnie Walker’ e depois com a pintura ‘Vodafone’, a McLaren passou a ser um
carro prateado com detalhes em outra cor.

Carro totalmente dourado.... nem pensar...

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